Tem um livro que comprei já tem um tempo q se chama: O Teatro é necessário? O autor é Denis Guenoun. Um dos poucos livros que comprei pelo título. E, talvez, o título seja o q de melhor o livro tenha. A provocação está na cara!
Mais um final de semana dA Última Quimera. Estamos há um mês em cartaz. 12 apresentações. 18 horas de teatro. Muitas flores, pinga, talco, vela, suor... Trabalho. E continuamos no limbo. Sexta, feriado, dia dos mortos, 17 pessoas. Sábado e Domingo, 7 pessoas. E sempre com alguns convidados ou amigos. Ganhamos o suficiente para cobrir os custos do próprio espetáculo. Trabalhamos de graça. Pior... Pagamos para trabalhar.
Não... Eu sei q não somos os primeiros. Quisera fôssemos os últimos.
Apenas cansa. Desanima. Faz a dúvida brotar: o q fazemos é necessário?
No domingo, a dramaturga, jornalista e jurada(!) do Prêmio Shell(!), Marici Salomão, assistiu ao nosso espetáculo. Em determinado momento da peça (num momento de improvisação) perguntei: Marici (sim, chamei pelo nome), você acredita que o teatro contribui para alguma coisa? Ela, em tom muito baixo disse duas vezes: “já contribuiu”... COMO ASSIM?!
Então, o q é o teatro hoje?! Uma desculpa para um prêmio?
Bem... Prometo q numa próxima vez escrevo sobre essas tais premiações do teatro brasileiro... E a Cooperativa Paulista de Teatro, q sempre primou pela sobriedade (e nem sempre conseguiu) entrou na onda dos prêmios.
Olha... Esse final de ano dedico-me a entender o q se passa com o teatro paulistano. Trabalho hercúleo, claro!, e desnecessário... Mas, hoje tenho a sensação de q os artistas de São Paulo querem mais fazer do q assistir. Estão todos em cartaz... Ir ao teatro, só com os Lés Éphémères...
Final de semana tem mais... É necessário?
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