Primeira da Última

Começamos...

Faz tempo! Desde agosto de 2006. Depois do CHALAÇA a peça. Depois do Torero. Depois do Marcio Aurelio.

Nosso terceiro espetáculo que pula das páginas de um romance para a cena teatral... Existem partos e partos... Hospitais e Hospitais... Mães e Mães... Esse negócio todo, como diria o mestre Abreu! A Última Quimera vem chegando... O medonho monstro mitológico ou o sonho de outrora está em vias de explodir o 12º andar do Sesc Avenida Paulista.

Sim... Falta um bocado de coisa... Sempre falta... Mas também tem um outro bocado de coisas prontas... E é assim a dialética da cena... Da civilização... Da filosofia e quiçá, da vida!

Sobre o que versa o espetáculo?! Putz... Sobre muitas coisas, vamos lá:

Augusto dos Anjos

Olavo Bilac

Raul Pompéia

Esther Fialho dos Anjos

Dona Mocinha

Iaiá

Coveiros

Hamlet

Morte

Vida

Nós!

Acho que as frases do nosso cabeçalho dão uma idéia das nossas diretrizes ou não...!

Estamos lá. Não todos, não todas, mas estamos... Fazendo o q temos ou não de fazer... Muitas histórias para contar. Esse blogui tem por princípio contá-las!

As informações estão aí do lado... Daqui a pouco a gente fala mais... De cara algumas fotos dos nossos ensaios. De cara um poema de Augusto. De cara nosso convite para q você esteja lá no Sesc e q tb esteja por aqui...

A Última Quimera... E continuamos a viver!

Fotos Isa Giuntini

O deus-verme

Factor universal do transformismo.
Filho da teleológica matéria,
Na superabundância ou na miséria,
Verme — é o seu nome obscuro de batismo.

Jamais emprega o acérrimo exorcismo
Em sua diária ocupação funérea,
E vive em contubérnio com a bactéria,
Livre das roupas do antropomorfismo.

Almoça a podridão das drupas agras,
Janta hidrópicos, rói vísceras magras
E dos defuntos novos incha a mão...

Ah! Para ele é que a carne podre fica,
E no inventário da matéria rica
Cabe aos seus filhos a maior porção!